09 abril 2013

O Retrato como uma paixão...

A História de Arte fornece-nos informação da importância do Auto Retrato, como exemplo de uma verdadeira "assinatura" do Pintor. Com a necessidade de procurar a imortalidade, o pintor retrata-se tentando exprimir a sua alma, o seu estado de espírito, procurando fixar-nos com o seu olhar e assim ser transportado na memória do observador. Deste modo, ela viaja por gerações de fruidores, quer em museus ou espaços privados.
É pelo fascínio de retrato que muitas personalidades se fazem retratar, legando às suas gerações uma presença familiar, um estatuto e uma memória no espaço da sua árvore genealógica. Até ao advento da Fotografia, Reis, Príncipes, altos dignatários do clero e da burguesia encontraram no retrato, a lápiz, carvão, pastel e particularmente a óleo, um meio de afirmação para a posteridade.
Hoje, embora apetrechados por grandes meios técnicos, o homem não dispensa  a tradição da pintura á mão, aquela que sente ser mais próxima e íntima.
Daí, a paixão que retrato desperta, quer no artista quer em todos nós.