25 dezembro 2015

escultura e a pintura


 
A escultura e a pintura andam de mãos dadas, às vezes..., A primeira, prefere habitar o espaço exterior e a segunda, anicha-se, aconchega-se no espaço interior da casa, ao abrigo do sol. Espreita pela janela a amiga escultura, acena-lhe com as suas cores, insinua-se, seduz e por vezes convida-a, franqueia-lhe a porta. Só põe uma condição: que seja pequena, maneira, que não roce o tecto da sala de estar. Dentro de casa podem habitar e conviver com o primo desenho, seja a carvão, grafite ou pastel. Uma tripla fraternidade narcísica, onde estendem a mão também à cerâmica, em terracota ou vidrada. Regeitam serem utilizadas para a decoração, com o "dar com os cortinados ou os sofás". Gostam de ser apreciadas na sua individualidade e olham, com desdém o "novo riquismo", os que as querem só para "mostrar estatuto social". Como vivem com a angústia de terem que andar de casa em casa, devido à compra e venda do mercado, invejam aquelas que habitam o museu, onde são mais apreciadas e respeitadas na perspectiva da imortalidade.
 
Uma nota breve: Independente da querelice eleitoral, de quem ganhou ou perdeu, mostram satisfação com a restauração do Ministério da Cultura...

10 dezembro 2015

Mario Viegas no Museu Nacional do Teatro

 
O BAR-4, grupo cultural de Santarém, fundado por 16 membros de jovens estudantes em 1964, um dos quais o Actor Mário Viegas, decidiu ao fim de 51 anos de se juntar e comemorar esse tempo de juventude, com uma oferta de um retrato artístico do ilustre e notável Actor Mário Viegas, ao Museu Nacional do Teatro, no dia 9 de Dezembro de 2015. Foi feita uma cerimónia discreta no Gabinete do Director, Dr. José Carlos Alvarez, que nos recebeu com muita gentileza. O  Professor Doutor Virgolino Jorge, investigador internacional de Arqueologia Hidráulica da Idade Média, também apadrinhou o acto.
 
Membros do BAR-4: Mário Viegas, Jorge Custódio, Mário Canova Moutinho, José Ermitão, Riquito Soares, Leontina Varino, Miguel Calado, Victor Pratas Leal, João Manuel Santos Pereira, Carlos Palmeiro, José Colaço Barreiros, Julio Pêgo, Manuel Pires, Maria Conceição Passos Costa, Palmeiro de Castro e Hélia Viegas.
 
 
 
O Director do Museu do Teatro, Dr.José Carlos Alvarez, com Júlio Pêgo e Jorge Custódio.
 

Drª Hélia Viegas (irmã do Actor Mário Viegas) com o Prof. Dr. Virgolino Jorge.
Jorge Custódio, em nome do BAR-4 entregando ao Director do Museu o documento de oferta, na presença do autor Júlio Pêgo e da Hélia Viegas.

Hélia Viegas e Jorge Custódio no momento da assinatura.


 
 

21 julho 2015

Escultura em ferro e acrílico/ Sem título.2014


A escultura encerra e materializa memórias de um tempo de crescimento. Esta escultura em ferro e acrílico, 230x26x24, ano de 2014, pertence a uma série de onze obras, com os mesmos materiais, que certamente vão acrescentar vida aos jardins da nossa infância.
( Julio Pego - Atelier: Casal do Lago - Cartaxo.Portugal)

03 julho 2015

Eusébio no Panteão/ Os Deuses devem estar loucos.

Hoje, dia 3 de Junho 2015, assistimos a uma cerimónia de homenagem a um jogador de futebol, cujos restos mortais vão residir no sítio onde moram os deuses, o Panteão Nacional. Se pensarmos que foi a partir da Revolução Francesa que a Nação reserva um lugar de destaque e honra aos mais ilustres e notáveis cidadãos que contribuíram para o progresso, custa a acreditar que em Portugal, a Assembleia da República e os partidos, nela representados, tenham aprovado tal honra a um desportista que na indústria do futebol foi um ídolo que se notabilizou pela sua destreza neuromuscular. Porque não José Maria Nicolau, Joaquim Agostinho?
Felizmente tivemos portugueses ilustres e notáveis: Egas Moniz, José Saramago. Vieira da Silva, Amadeo Sousa Cardoso, entre muitos.
Nesta época de crise económica e de valores humanísticos, onde a actividade lúdica, individualista e diversão, o que dirão os nossos futuros vindouros de tal distinção ? Vem à memória um filme passado: "Os Deuses devem estar loucos"...

20 fevereiro 2015

A mitologia egipcia, inspiração para a Pintura

Óleo S/Tela - 81x60 - 2014
A cultura egípcia exerce um fascínio permanente no homem, pois focou a problemática da morte, da nossa finitude, na própria necessidade de a transcender à procura da imortalidade. De facto, a morte é um poderoso meio que  impulsiona a superarmo-nos, a reflectirmos a razão da nossa existência.
O homem criou um sistema de crenças, rituais e um poderoso espaço simbólico, apropriando-se de imagens do reino animal e vegetal ( a força do leão,a serpente, a águia, o touro,  a rosa, a flor de lis, o papiro, etc) construindo mitologias transvestidas de partes do corpo humano com o de animais. Desta forma o pensamento mágico e mitológico, a par das crenças religiosas, tornam-se um bálsamo de apaziguamento perante a angústia da morte.
Óleo S/Tela - 65x81 -2014


Técnica Mista S/Tela- 50x60- 2014