25 dezembro 2018

Amadeo Souza-Cardozo : Homenagem da SOPEAM (15-12-2018).


No passado dia 15 de Dezembro 2018, o Prof. Doutor Jorge Custódio descerrou este retrato de Amadeo Souza-Cardoso, na Ordem dos Médicos, da autoria de Júlio Pêgo. Integrou a sessão de homenagem a Amadeo, no 100º aniversário da sua morte em 1918, vítima da gripe pneumónica. Esta sessão foi promovida pela Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM). O seu presidente António Trabulo evocou a tragédia da peumónica que ceifou as vidas a cerca de 75.000 portugueses e mais de 30 milhões em todo o mundo, numa conferência esclarecedora e muito apreciada pela assistência. Na mesma sessão, depois da inauguração da exposição do retrato de Amadeo, Júlio Pêgo proferiu a conferência. " O Rosto, a Máscara e o Retrato em Amadeo de Souza-Cardoso".

07 dezembro 2018

O Rosto, Máscara e o Retrato em Amadeo Souza-Cardoso (Homenagem da SOPEAM)



No próximo dia 15 de Dezembro 2018, a Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM) vai prestar homenagem a Amadeo Souza-Cardoso no 100º aniversário da sua morte. A sessão será às 10.30 na Biblioteca da Ordem dos Médicos em Lisboa (entrada livre). Júlio Pêgo será o prelector. A comunicação terá como objecto a importância das máscaras primitivas africanas e da oceania, na obra do pintor Amadeo, bem como em Picasso e outros artistas do Modernismo mundial.

Aqui fica o Convite.

29 outubro 2018

Amadeo Souza-Cardoso. 100º Aniversário. Evocação e Homenagem


No dia 25 de há dias fez 100 anos que Amadeo Souza-Cardoso faleceu, em Espinho, vítima da "Gripe Pneumónica" de 1918, aos 30 anos de idade. Portugal teve mais de 75.000 mortes, valores estastísticos inferiores ao sucedido pela Europa que sofreu a perda de um quinto da sua população.

Souza-Cardoso foi um artista inovador, criativo, que ao contrário do habitual, sintonizou-se com o Movimento de Arte Moderna, futurista, cubista, expressionista e abstracionista, na capital da artes plásticas que foi Paris.

Em Portugal, da crítica e da população, foi hostilizado, considerado "um louco", tendo sido agredido fisicamente, no Porto, após a 1ªExposição Individual de uma centena de trabalhos seus no Salão de Festas do Jardim Passos Manuel, em 1916, apenas dois anos antes da sua morte. Convicto do seu valor e originalidade, manteve-se activo e resiliente, ciente da sua capacidade  criativa. Esteve 40 anos esquecido em Portugal, apenas tendo o reconhecimento em vida, de Santa-Rita, Fernando Pessoa, Almada, Eduardo Viana, entre poucos mas lúcidos intelectuais de primeira grandeza.

 Cem anos após a sua morte, quer os Média e o Ministério da Cultura não evocaram devidamente a efeméride, quase "esquecido" mas está bem vivo na Cultura Universal e na História do Génio Humano.

Psicoarte e a Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos deixam aqui a sua Homenagem.

Júlio Pêgo ( Médico e Artista Plástico, Vice-Presidente da SOPEAM)

12 outubro 2018

100º Aniversário do Falecimento de Amadeo de Souza-Cardozo


Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), foi um notável pintor português, "à-frente-do seu-tempo" em Portugal. Foi a expensas próprias da família para Paris onde contactou e fez amizades com os maiores pintores e escultores da época ( Modigliani, Marinetti, Boccioni, Picasso, Delaunay, Archipenko, Brancusi, Picabia, juan Gris, Rivera, entre muitos). Em Paris, reuniu-se com os portugueses Manuel Benres, Emmérico Nunes, Eduardo Viana, Francisco Smith. Em 1909 foi discípulo de Anglada Camarasa.
 Foi um artista de grande originalidade, arrojado, persistente que rompeu com os "cânones" do naturalismo arreigado dos portugueses.
Percorreu o impressionismo, expressionismo, o cubismo, o futurismo e o abstraccionismo, sem nunca se assumir numa só Escola.
Incompreendido no seu tempo, em Portugal, onde inclusivé foi agredido fìsicamente, deixa uma marca de modernidade que muitos anos depois é que foi reconhecida entre nós.

Faz  cem anos que faleceu, por gripe pneumónica, que avassalou toda a Europa, com mais de 20 milhões de mortes, aos 30 anos de idade,em 25 de Outubro de 1918, em Espinho.

Psicoarte associa-se à Homenagem que a Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos lhe vai prestar, em Dezembro próximo.

10 fevereiro 2018

Jose Matos Guita (1937-2018)


O Professor José Rodrigues Matos Guita faleceu dia 5 de Fevereiro 2018. Era natural de Faro (1937), tendo-se radicado em Lisboa desde o início da sua vida universitária. Personalidade de elevada craveira intelectual, era Licenciado em Ciências Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa. Foi professor no Liceu Sá da Bandeira em Santarém e no Liceu Passos Manuel em Lisboa. No Instituto Superior de Línguas e Administração, equiparado a doutorado, leccionou durante 20 anos, a Cadeira de História Contemporânea. Convidado para professor do Colégio Militar em Lisboa, desempenhou    vários cargos de 1968 a 1998. Publicou várias obras literárias: "Voando sobre um transplante" (2004), "Uma Família Algarvia" (2005), "Vida e Morte de um Algarvio Africanista" (2008), "O velho e a Helena Romena" (2008) e " A Face Oculta do Casal" (2010). Dotado de uma boa capacidade oratória, tinha grandes qualidades pedagógicas e participava regularmente em tertúlias literárias, nomeadamente na Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos (SOPEAM) e no ACMP. Era polemista, dotado de um espírito crítico, irreverente e inconformista, dizia de si próprio que "era um individualista", não se enquadrando em qualquer organização política ou religiosa, embora partilhasse os ideais de esquerda, do socialismo democrático. Era um melómeno, particularmente amante da chamada música erudita. Chegou a realizar um pequeno filme/vídeo  com banda musical exclusivamente clássica. A sua cultura era vasta, desde as humanidades às ciências. Era profundamente urbano, citadino, não apreciava a vida campestre. Era extremamente racionalista, pouco dado à emoção estética, pouco sensível às artes plásticas contemporâneas embora apreciador do período renascentista e clássico. Deixa um vazio crítico social, um olhar necessário e crítico de que tanto necessitamos, face à vertigem  do nosso tempo consumista e sem espaço para a reflexão. Até sempre amigo Professor Zé Guita.

Júlio Pêgo ( 8 de Fevereiro de 2018)