29 outubro 2018

Amadeo Souza-Cardoso. 100º Aniversário. Evocação e Homenagem


No dia 25 de há dias fez 100 anos que Amadeo Souza-Cardoso faleceu, em Espinho, vítima da "Gripe Pneumónica" de 1918, aos 30 anos de idade. Portugal teve mais de 75.000 mortes, valores estastísticos inferiores ao sucedido pela Europa que sofreu a perda de um quinto da sua população.

Souza-Cardoso foi um artista inovador, criativo, que ao contrário do habitual, sintonizou-se com o Movimento de Arte Moderna, futurista, cubista, expressionista e abstracionista, na capital da artes plásticas que foi Paris.

Em Portugal, da crítica e da população, foi hostilizado, considerado "um louco", tendo sido agredido fisicamente, no Porto, após a 1ªExposição Individual de uma centena de trabalhos seus no Salão de Festas do Jardim Passos Manuel, em 1916, apenas dois anos antes da sua morte. Convicto do seu valor e originalidade, manteve-se activo e resiliente, ciente da sua capacidade  criativa. Esteve 40 anos esquecido em Portugal, apenas tendo o reconhecimento em vida, de Santa-Rita, Fernando Pessoa, Almada, Eduardo Viana, entre poucos mas lúcidos intelectuais de primeira grandeza.

 Cem anos após a sua morte, quer os Média e o Ministério da Cultura não evocaram devidamente a efeméride, quase "esquecido" mas está bem vivo na Cultura Universal e na História do Génio Humano.

Psicoarte e a Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos deixam aqui a sua Homenagem.

Júlio Pêgo ( Médico e Artista Plástico, Vice-Presidente da SOPEAM)

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